terça-feira, 31 de julho de 2012

"Como ser profeta nos dias de hoje?" Padre Vileci, assessor do 13º Encontro Estadual de CEBs,

 
"Como Ser profeta nos dias de hoje?". Este é o questionamento que o padre Vileci Vidal lançou nesta quinta-feira durante a cerimônia de abertura do 13º Encontro Estadual de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), no ginásio da Escola Medianeira, em Santa Maria. Mais de 1,6 mil pessoas participaram da celebração que marcou o início do evento. Até domingo, delegados de CEBs de todo o Estado realizam diversas atividades no município.

A celebração foi presidida pelo arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rubert, que também contou com a presença de Dom Clemente Weber, Dom Frei Aloísio Dilli e sacerdotes de diversas dioceses gaúchas. Já de Juazeiro do Norte-CE, da diocese de Crato, veio o padre Vileci Vidal. Ele foi o responsável pela introdução do tema do encontro: "Justiça e Profecia a Serviço da Vida".

Além de questionar os delegados de CEBs sobre como ser profeta nos dias de hoje, padre Vileci realizou diversas críticas, sobretudo, ao governo Federal. Programas sociais e a falta de visão crítica do povo, a desocupação de residências por pessoas de baixa renda para obras da Copa do Mundo, o modelo de produção capitalista e a concentração de riqueza nas mãos da burguesia foram alguns dos temas tratados.

Conforme padre Vileci, o fato das CEBs resistirem e preservarem o caminho de unir a fé com a luta pela libertação e a vida concreta do povo, revela que as comunidades estão no caminho da profecia. Os profetas e profetizas seriam pessoas comuns, com os mesmos anseios da população.

- O que os profetas têm de diferente é essa mania de buscar sempre o que Deus quer nos dizer através dos acontecimentos. Além dessa teimosia de transmitir aos outros pela sua forma de viver e pela palavra o que lhes parece que Deus está querendo dizer - explica padre Vileci.



Carta à Igreja – Comunidade de Comunidades - 13º Encontro Estadual de CEBs

terça-feira, 24 de julho de 2012

Retiro anual do clero de Santa Maria


O Retiro anual do clero de Santa Maria aconteceu em Vale Vêneto nos dias 16 até 19 de julho de 2012. A pregação foi com o bispo auxiliar de Porto Alegre Dom Jaime Spengler. Foi uma ótima oportunidade para o encontro do Presbitério Arquidiocesano de Santa Maria, muita reflexão e muita oração. Saímos reconfortados e renovados. Diácono Hermes. 

DELEGADOS PREPARAM ENCONTRO ESTADUAL DE CEBS

POR ARQUIDIOCESE DE PASSO FUNDO

A coordenação das Pastorais Sociais esteve reunida, na tarde de 18 de julho, com os delegados da Arquidiocese de Passo Fundo que irão participar no Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base. O encontro das CEBs está na 13ª edição e acontece em Santa Maria, de 26 a 29 de julho, com o tema, Justiça e profecia a serviço da vida e o lema, CEBs: proféticas e missionárias na vivência do reino.

Durante a reunião, os 24 delegados se prepararam para o encontro de Santa Maria, estudando o conteúdo a partir do Jornal Clareando, com destaque para os temas - Justiça na Bíblia e no mundo - Vida missionária nas CEBs - CEBs e a vida no planeta - CEBs: Mística e espiritualidade nas Romarias - Profetas e profetizas de ontem e de hoje - CEBs e juventude: desafios e perspectivas - As CEBs e os movimentos Sociais e O macroecumenismo na vida das CEBs.

Foram também combinados detalhes da viagem, cuja saída será ao meio-dia de 26 de julho, em frente ao Centro de Pastoral, em Passo Fundo. Os representantes da Arquidiocese levarão 100 pães para serem partilhados durante o encontro.


Postado por Daiane Bristot Frare
Em 24 de julho de 2012, às 14h 55min



sábado, 21 de julho de 2012

Preparação para a 5a. Semana Social Brasileira .

 
domguilhermeDom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade,  Justiça e Paz da CNBB, concede entrevista e trata de vários e importantes aspectos da 5a. Semana Social Brasileira que  se realiza de 22 a 25 de maio de 2013  e está em sendo preparada em todo o Brasil.
Confira a entrevista dada ao jornal da Diocese de Santa Cruz do Sul (RS).
O que são as Semanas Sociais Brasileiras? Quando iniciaram? Estão mais ligadas ao trabalho social da Igreja?
D. Guilherme. É já uma tradição da Igreja no Brasil, que vem desde 1991, quando foi lançada a primeira semana social para celebrar os cem anos da Encíclica Rerum Novarum (1891) do Papa Leão XIII, que foi o primeiro “documento encíclica” a trabalhar de forma oficial a Doutrina Social da Igreja. Esta encíclica marcou o início da sistematização do pensamento social católico, chamado normalmente “Doutrina Social da Igreja Católica”. Claro que desde o tempo dos Apóstolos e dos Santos Padres a Igreja tem muitos escritos que apontam as questões sociais, a justiça social e a caridade como decorrência do Evangelho e exigência da verdadeira vida cristã. Mas, após o novo desenho e estrutura social que surgem com o Iluminismo, a Revolução Francesa, o Capitalismo, a Urbanização, a Indústria e o proletariado, este documento papal é, para a Igreja, o Marco Referencial dos demais documentos subseqüentes.
A V Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho de Aparecida destaca alguns campos prioritários e tarefas urgentes para a missão de todos os discípulos/as de Jesus Cristo no hoje da América latina e do Caribe: Justiça social, dignidade humana, opção pelos pobres e excluídos, renovada pastoral social, globalização da solidariedade, justiça internacional e cuidado com os rostos sofredores que doem em nós (cf DAp., 380 a 430). Portanto, a Semana Social deve envolver toda a Igreja e não apenas as pastorais sociais.

02. Quem são os organizadores e mentores das Semanas Sociais Brasileiras?
D. Guilherme. As semanas sociais brasileiras são inspiradas em semanas sociais de vários países da Europa, especialmente da França e Itália, países que já realizaram dezenas de semanas sociais. As Semanas Sociais Brasileiras são uma iniciativa, promoção, organização e coordenação geral da CNBB, mas elas pertencem à sociedade civil. A CNBB por meio das Dioceses e Paróquias, não realiza sozinha as Semanas Sociais. É um serviço que a CNBB oferece à sociedade brasileira. Portanto, os legítimos sujeitos das Semanas Sociais são os grupos sociais que aceitam o convite da CNBB e que se organizam para participar dos debates. Muitas vezes estes grupos da sociedade civil oferecem acréscimos e enriquecem o tema inicialmente proposto pela CNBB. Ampliam a visão e entram verdadeiramente na base do tecido social. Todas as Paróquias, Congregações Religiosas e suas Obras, pastorais e movimentos eclesiais, as comunidades eclesiais de base, os movimentos sociais, as organizações sindicais e as todas forças vivas da sociedade são chamadas/os a participarem como protagonistas do processo da 5a. Semana Social Brasileira. A CNBB não “dirige”, apenas orienta o processo. Convida Movimentos Sociais e representantes da Sociedade Civil para participarem da Equipe de Coordenação, o que sempre é uma riqueza. Cada vez mais devemos aprender a dialogar e trabalhar em equipe. Ninguém faz nada sozinho.
Como a realização da 5a. Semana Social Brasileira foi aprovada por unanimidade pelos bispos na Assembleia Geral de 2011, a CNBB confia sua realização à Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, a qual eu presido neste quadriênio.


03. Quantas Semanas Sociais já aconteceram? Há conquistas e vitórias que merecem uma comemoração ou celebração muito especial?
D. Guilherme. Já tivemos quatro (4) Semanas Sociais Brasileiras. Delas muitos bons frutos já foram colhidos.  Destacamos o fortalecimento das Pastorais Sociais e sua articulação com os Movimentos Sociais, o Grito dos Excluídos, o Jubileu Sul, que trabalha a questão da dívida externa, a criação da ASA – Articulação do semi-árido, que tem construído 450 mil cisternas de captação de água de chuva no nordeste, o fórum das pastorais sociais, os plebiscitos, em especial contra a ALCA, a Assembleia Popular e, sobretudo, o despertar da consciência cidadã de muitos cristãos.

04. O tema da Semana é o Estado para que e para quem? Por que esse tema? Não é um tema da sociedade civil e mais ligado aos políticos e legisladores?
D. Guilherme. Todos os temas que dizem respeito ao ser humano também devem dizer respeito à Igreja. Temos plena consciência que se as reformas políticas e do Estado dependerem apenas dos políticos e legisladores, muito pouco poderemos esperar. O máximo que eles propõem são pequenos remendos, mas sem mexer na estrutura. O Estado brasileiro já foi criado para servir a grupos de interesse e não para todos os cidadãos e cidadãs que aqui viviam e vivem. Muitas vezes se usa e expressão: “ausência do Estado”. Creio que isso não existe. O que normalmente existe é a “presença” do Estado, mas do lado errado, isto é, não do lado do Povo, mas de pequenos grupos detentores de poder econômico e ou poder repressivo e punitivo. Muitas vezes os políticos e legisladores defendem interesses particulares de grupos, empresas e até de estrangeiros. Basta ver o fiasco que está o “Código Florestal” que de “Florestal” tem muito pouco. Participar da construção de uma sociedade justa e solidária faz parte da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. O Concílio Ecumênico Vaticano II afirma que a comunidade dos discípulos, que é a Igreja, está no mundo e sua missão consiste em ser sinal e instrumento do Reino de Deus na sociedade.  E ainda: a primeira missão que Jesus confiou à sua Igreja não é de ordem social, política ou econômica, mas de ordem religiosa. Porém, desta dimensão religiosa, pode a Igreja extrair força e luz para ajudar a organizar a sociedade humana em seus aspectos políticos, sociais e econômicos, de acordo com os mandamentos da lei de Deus (cf GS 42).
No documento 91 da CNBB, “Por Uma Reforma do Estado Com Participação Democrática”, nós bispos afirmamos que “os novos sujeitos históricos colocam problemas que o Estado, na sua conformação atual, e o processo democrático, atualmente praticado, não estão preparados para responder. No surgimento de novos grupos sociais, as novas perguntas não obtêm respostas adequadas. Assim, o problema não é “o” Estado, mas “esse” Estado. Não entendemos que se deva ter em mente a inexistência do Estado, e sim, lançar sobre o Estado que temos um olhar crítico para verificar que outras formas podem ser buscadas”. (Doc. 91 da CNBB, 31).
Conscientes de que os novos sujeitos sociais exigem novas estruturas de participação democráticas, queremos, com a 5a. Semana Social Brasileira, criar canais de diálogo e de participação efetiva, para que a sociedade civil encontre mecanismos jurídicos que coloquem o Estado em movimento em direção da massa dos excluídos, ouvindo os seus clamores.  Dessa forma, questionamos a atual forma de democracia, com seus ritos e com seu arcabouço jurídico. Tal modelo de democracia não mais responde a seus anseios e necessidades como cidadãos e sujeitos políticos. Queremos, para além da democracia representativa, uma efetiva democracia participativa.


05. É importante a Diocese e as paróquias se voltarem para o para evento dessa natureza? Por quê?
D. Guilherme. Há um apelo que vem do próprio Papa Bento XVI que serve de alerta às Igrejas. Segundo ele, o aumento sistemático das desigualdades entre grupos sociais no interior de um mesmo país e entre as populações dos diversos países, ou seja, o aumento maciço da pobreza em sentido relativo tende não só a minar a coesão social - e, por este caminho, põe em risco a democracia -, mas tem também um impacto negativo no plano econômico com a progressiva corrosão do ‘capital social’, isto é, daquele conjunto de relações de confiança, de credibilidade, de respeito das regras, indispensáveis em qualquer convivência civil. (Caritas in veritate, Bento XVI, 32).
Sendo assim, é fundamental a participação das dioceses e paróquias nestes debates, inclusive para ajudar a consolidar, aprofundar e salvar a democracia em nosso País. Ainda temos uma democracia muito frágil. Para ser plena, a democracia precisa assegurar a todos os cidadãos e cidadãs uma participação direta nas decisões que afetam a vida, sejam estas de ordem política, social, cultural, econômica ou religiosa. Nós temos ainda uma democracia muito representativa e pouco participativa. A democracia representativa mostra seu limite quando as decisões ficam exclusivamente nas mãos dos eleitos. Daí a necessidade de ela dar um salto para uma democracia participativa que implica na criação de mecanismos que assegurem a participação popular. É um equívoco reduzir a democracia ao voto livre e consciente. Se pararmos no voto, a democracia fica manca. Isso, infelizmente, temos visto, favorecendo aos que assumem o poder para dele se servirem em benefício próprio ou de seu grupo. O Papa João Paulo II, na encíclica “Centesimus Annus”, dizia que a democracia não pode “favorecer a formação de grupos restritos de dirigentes que usurpam o poder do Estado a favor dos seus interesses particulares ou dos objetivos ideológicos”. Certamente nenhuma outra organização social tem a capilaridade da Igreja Católica em nosso país e nem tão pouco, a capacidade de organizar o povo para uma participação efetiva e permanente nos assuntos que são de interesse social. Assim, as dioceses e paróquias que se furtarem a neste momento histórico de uma participação neste debate, negam sua ajuda na construção do Estado brasileiro que queremos. Não podemos separar “fé e vida”.

06. Que resultados se esperam na Igreja do Brasil (dioceses e paróquias) dessa 5a. Semana Social Brasileira?
D. Guilherme. No Brasil há um grande descompasso entre “intenções democráticas” e as “estruturas antidemocráticas”. Isso tem deixado profundas marcas nos indivíduos, na sociedade e nas instituições, afetando a própria Igreja em sua missão evangelizadora. Vivemos também a contradição entre o crescimento econômico e o declínio social. De um lado, a concentração dos bens e de outro lado, a exclusão social. Há também uma violência às vezes velada e outras vezes aberta, promovida pelas estruturas do Estado.
Há uma orquestração para nos fazer crer que a violência vem das ruas, dos movimentos sociais, quando estes reivindicam mais democracia, mais participação nas decisões de governo, sobretudo, no que se refere à defesa de seus territórios, da Constituição Brasileira e das críticas e oposição aos grandes projetos, que sempre vêm acompanhados de seus desastres para a vida humana, o meio ambiente e as gerações futuras.  Estes sofrem o processo de criminaliazação por parte do aparato punitivo do Estado. Doutro lado, a população percebe bem o tratamento diferenciado que é dado àqueles que são os verdadeiros sanguessugas da Nação e do Estado.
Temos que deixar sempre mais claro que Estado e Poder, Estado e Governo não são a mesma coisa. Nenhum Governo é o Estado. O Governo deve ser um serviço prestado, mas não é o Estado. Muitas vezes quem é eleito para um cargo de governo acha que é “dono” do poder e do Estado e se identifica com o próprio Estado e nós ficamos quietos e até achamos que estão certos. Isso tem que mudar. Nós temos que mudar nossa compreensão e ação.
Com este debate sobre o Estado, lançado nas ruas, queremos contribuir na superação dessa contradição fundamental existente na estrutura do Estado, no qual atestamos que falta Brasil para os brasileiros. Queremos resgatar, descobrir e dar visibilidade a tantos gestos de um novo Estado vividos nos porões da sociedade, mas que estão na sombra. Sabemos que o Estado é um estado, por isso, buscamos um Estado do Bem viver, do conviver e do pertencer para todos os brasileiros.

Escola de Fé e Política da CNBB .

Turma_2012_-_missa2Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, em entrevista concedida nesta quarta-feira, 18 de julho, ao Grupo Folha fez referências a escola de Fé e Política da CNBB. Trata-se do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara (CEFEP). Uma iniciativa Conferência para o serviço à formação política dos cristãos leigos/as, sob a coordenação da Comissão Episcopal  Pastoral para o Laicato.
O Centro tem como objetivo apoiar, estimular, articular e estabelecer parcerias com organismos e entidades de Fé e a Política, com a finalidade de:
  • Contribuir com a formação de lideranças inseridas na política, em suas diferentes formas e níveis, a partir de uma reflexão bíblica, teológica, das ciências sociais e da filosofia - para a construção de uma sociedade justa, solidária, democrática, pluricultural e pluriétnica;
  • Fomentar em nosso país um pensamento social cristão à luz do Ensino Social da Igreja e dos valores evangélicos;
  • Incentivar, apoiar e articular os Grupos e Escolas de Fé e Política existentes no país e estimular a constituição de novas iniciativas;
  • Criar espaços de reflexão e troca de experiências;
  • Formar assessores para as nossas comunidades, entidades e organizações sociais;
  • Fortalecer as pastorais sociais, movimentos eclesiais e outros organismos da Igreja cuja ação tenha incidência no político-social;
  • Despertar para a importância da organização do trabalho em "Redes eletrônicas" como espaço de difusão de textos, subsídios e troca de experiências.
Conheça mais o CEFEP. Acesse o site.
www.cefep.org.br

domingo, 15 de julho de 2012

Encontro de Jovens marca celebração do Jubileu de Ouro da RCC .

 JovensRCCCerca de 5 mil jovens de 120 países participaram, entre os dias 10 e 15 de julho, em Foz do Iguaçu (PR) do Encontro Mundial de Jovens e do XXX Congresso Nacional da Renovação Carismática Católica (RCC). O evento foi organizado pelos conselhos nacional e internacional da RCC, e marca o início das celebrações do Jubileu de Ouro do movimento, que será em 2017.

A programação incluiu momentos de oração, lazer e cultura. Na manhã deste domingo, 15 de julho, o clima foi de partilha, agradecimentos e o envio dos participantes. O padre Emmanuel Tussimi, da RCC de Uganda, reforçou o chamado dos jovens à santidade e lembrou a experiência feita em seu país. “Até 1992 eram três Grupos de Oração, hoje são mais de 500 e isso aconteceu a partir dos jovens que descobriram Jesus e decidiram anunciá-lo para outras pessoas,” testemunhou.

Também estiveram presentes no evento o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro, e o assessor para a Juventude da entidade, padre Carlos Sávio. “Quando a juventude é acolhida pela Igreja ela responde de maneira alegre e comprometedora com Deus e com a sociedade também”, destacou dom Eduardo.

O papa Bento XVI enviou mensagem para os participantes do Encontro Mundial dos Jovens da RCC, através do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone. Ele destacou a importância do evento na preparação para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro em 2013.

A celebração eucarística de encerramento foi presidida pelo arcebispo de Belém (PA) e assessor espiritual da RCC no Brasil, dom Alberto Taveira. O presidente do Conselho Nacional da RCC Brasil, Marcos Volcan, fez um balanço positivo do encontro. “Temos a graça de ver o que muitas gerações não viram, estamos alcançando o mundo com um despertar de uma juventude extremamente vigorosa. Foram dias em que Deus consolidou em nossos corações o que Ele vinha preparando em nós há muito tempo, esta geração irá antecipar a vinda do Senhor Jesus”.

Divulgada oração oficial da JMJ Rio 2013 .

logojmj2012O Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 divulgou na noite desta sexta-feira, 13 de julho, a oração oficial da Jornada. A divulgação aconteceu depois da adoração eucarística e durante a missa presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, para iniciar as atividades que marcam a contagem regressiva de um ano antes do grande evento de julho de 2013.

A seguir, o texto da oração, na íntegra:

Oração Oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013

Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede-nos as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.

Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o Esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

Encerramento do 3. Congresso Missionário Nacional .

mundo3cmnplenarioO Congresso Missionário Nacional que  teve início no dia 12 de julho, encerra-se na manhã deste domingo com uma celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães e concelebrada pelo secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Steiner.
Foram quatro dias de intensa atividade marcada por palestras, depoimentos e testemunhos de representantes dos conselhos missionários, instituições e organismos missionários ligados à CNBB e às Pontifícias Obras Missionárias (POM), ambas responsáveis por projetos de evangelização no país.

Além de painéis temáticos que refletiram o tema central do Congresso, discipulado missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II, o evento deu voz às crianças e jovens, aos leigos, à vida religiosa consagrada e aos ministros ordenados que são os protagonistas da evangelização em frentes missionárias no Brasil e além-fronteiras.

Estes grupos se reuniram em mutirão para partilhar a caminhada feita até agora, reafirmar a vocação de enviados e refletir o ser discípulo missionário. A Infância e a Adolescência Missionária puderam relatar suas experiências aos cerca dos 600 participantes e pôr em evidência a Jornada Mundial da Juventude e o Ano da Infância Missionária, a serem realizados em 2013. 

Muitos testemunhos puderam ser partilhados na tarde da sexta-feira, emocionando os participantes diante da atuação de leigos e religiosos que atuam na missão ad gentes (além-fronteiras), enfrentando desafios na evangelização dos povos. São muitas realidades desconhecidas, frentes missionárias que necessitam de anunciadores da palavra de Deus, sobretudo em lugares como a Amazônia, África e Haiti. 

O Padre Wellington Alves, missionário comboniano, apresentou sua experiência de missão no Sudão do Sul, na África; irmã Lourdes Hummes, misisonária Serva do Espírito Santo, falou sobre a missão na Oceania; irmã Antônia Mendes, das Irmãs de Nossa Senora do Calvário, apresentou o projeto missionário da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) no Haiti; Teone Pereira dos Santos, leiga missionária, contou sua experiência no Moçambique; Padre Renato Trevisan, missionário xaveriano, apresentou experiência com povos indígenas na Amazônia; Irmã Izabel Patuzzo, da Congregação das Missionárias da Imaculada – PIME, falou sobre a missão em Hong Kong; Padre Gervásio Fernandes de Queiroga, falou  sobre  os 20 anos dedicados à assessoria da CNBB e sobre a Sociedade Missionária para a Evangelização dos Pobres; Luane Lira, leiga missionária, contou sua experiência no Paraguai; Lúcia de Fátima Cardoso, leiga missionária, discípula de Emaús, discorreu sobre a missão no Timor Leste e Argentina e Padre Francisco Gomes, do Pontifício Instituto das Missões no Exterior (PIME), sobre as atividades no Japão.

O dia foi encerrado com missas celebradas nas 17 paróquias da arquidiocese que acolheram os congressistas. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul espera 160 mil pessoas

8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul espera 160 mil pessoas
O próximo fim de semana promete grandes emoções em Santa Maria – RS. Inicia nesta sexta-feira, a 8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e a 19ª Feira Estadual do Cooperativismo (Feicoop), que devem reunir 160 mil visitantes. A Feira é, para muitos, o maior evento de Economia Solidária da América Latina e contará com mais de 800 grupos expositores, dentre eles, doze de Passo Fundo.
O evento é visto como um importante espaço de articulação da Economia Solidária, além de uma grande oportunidade para debates, troca de ideias e experiências, comercialização e aprendizado. Entre os expositores estão membros da agricultura familiar, agroindústrias, catadores, povos indígenas, grupos de mulheres, trabalhadores do campo e da cidade, todos baseados nos princípios da Economia Solidária para o desenvolvimento de seus trabalhos.
Além disso, a Feira é também um grande passo na articulação dos Fóruns de Economia Solidária, onde se motiva a consciência de um comércio justo, de um consumo ético e solidário, do fortalecimento de uma alimentação saudável e da produção com efeitos mínimos no meio ambiente.
Para que os visitantes da Feira possam visualizar na prática estes hábitos, durante o evento não é realizada a comercialização de produtos com aditivos químicos ou agrotóxicos. No local, não se encontra também nenhum tipo de refrigerantes, cervejas ou cigarros, a fim de incentivar que as pessoas consumam produtos naturais e, consequentemente, melhorem sua qualidade de vida.
A Feira busca, especialmente, sintonizar com a proposta de um novo modelo econômico, solidário e sustentável. Segundo Ir. Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, promotor do evento, o conjunto de atividades desenvolvidas é inspirado no Fórum Social Mundial.
A abertura oficial do evento ocorre nesta sexta-feira, às 16h, no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, local de realização da Feira.
Eventos Paralelos
Em paralelo a 8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e 19ª Feira Estadual do Cooperativismo (Feicoop) acontecem também, diversas oficinas, estudos e seminários. Além disso, outros eventos estão programados para acontecer em consonância à feira:
ü   11ª Feira Nacional de Economia Solidária;
ü   12ª Mostra da Biodiversidade e Feira de Agricultura Familiar;
ü   8º Seminário Latino Americano de Economia Solidária;
ü   8ª Caminhada Internacional e Ecumênica pela Paz;
ü   8º Levante da Juventude.

Acampamento Estadual do Levante da Juventude reunirá cerca de 500 jovens em Santa Maria (RS)

Acampamento Estadual do Levante da Juventude reunirá cerca de 500 jovens em Santa Maria (RS)
As juventudes gaúchas já estão preparadas para participar do 8° Acampamento Estadual do Levante Popular da Juventude. Assim como nos anos anteriores, a atividade será realizada em paralelo à 8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e à 19ª Feira Estadual do Cooperativismo (Feicoop). Os eventos ocorrerão de sexta-feira (13) a domingo (15),em Santa Maria, município do Rio Grande do Sul, Brasil.
De acordo com Lúcio Domingues Centeno, integrante da coordenação estadual do Levante Popular da Juventude no Rio Grande do Sul, o Acampamento será um espaço de fortalecimento e de discussão sobre as próximas ações do movimento. “Será um espaço de assembleia com o debate sobre as principais linhas de ação para o próximo ano e de consolidação da coordenação estadual”, afirma.
Durante três dias, cerca de 500 jovens rurais e urbanos de diferentes regiões do estado trocarão experiências, discutirão sobre as principais demandas de cada segmento e buscarão avançar na construção do Projeto Popular para o Brasil, principal bandeira do Levante. “No Acampamento, o jovem tem a oportunidade de partilhar as principais demandas e os problemas, e se articular para construir uma pauta política, um projeto popular”, comenta.
Lúcio explica que, além de ações autogestionadas para organização interna do Acampamento, os/as jovens poderão participar de oficinas, formações e debates sobre linhas estratégicas para o próximo ano. Destaque para o debate sobre “Juventude e Projeto Popular”, o qual discutirá sobre a conjuntura brasileira a partir de uma perspectiva geral para depois aprofundar em questões específicas que abordarão as três áreas de atuação do Levante: no campo, nas periferias urbanas, e no movimento estudantil.
A intenção é que os/as jovens também aproveitem o momento para elaborar e entregar uma carta de reivindicações da juventude para a Secretaria Nacional de Juventude e para a Coordenadoria de Juventude do Rio Grande do Sul.
O Acampamento ocorrerá neste fim de semana como atividade paralela às feiras de economia solidária que acontecem todos os anos no município gaúcho. Para Lúcio, é importante essa relação do Acampamento com as feiras porque estas também reúnem movimentos e organizações que lutam por um projeto alternativo para o país. “As feiras são espaços importantes de articulação no campo popular”, destaca.
Além do 8° Acampamento Estadual do Levante Popular da Juventude, ainda ocorrerão em paralelo à 8ª Feira de Economia Solidária e à 19ª Feicoop: a 11ª Feira Nacional de Economia Solidária, a 12ª Mostra da Biodiversidade e Feira de Agricultura Familiar, e o 8° Seminário Latino-Americano de Economia Solidária.
Fonte: Adital

Presidente Prudente recebe Congresso Nacional do ECC .

DomBeneditoeprefeitoSão esperados mais de mil participantes de todo o país para o XX Congresso Nacional do Encontro de Casais com Cristo (ECC), marcado para os dias 13 a 15 de julho em Presidente Prudente (SP).  O evento vai discutir as mudanças no documento nacional do ECC e será um momento de partilha das experiências realizadas pelo movimento em todo o Brasil.

O bispo de Presidente Prudente e assessor eclesiástico nacional do ECC, dom Benedito Gonçalves dos Santos, avalia que o tema escolhido para o Congresso deve colaborar para reflexões profundas sobre a base do trabalho do movimento. “O tema ‘Família, projeto de Deus’ vem lembrar que a família não é um projeto humano. ‘Prudente é o homem que edifica sua casa sobre a rocha’, é o nosso lema, um trocadilho para colocar o nome da cidade-sede do Congresso em pauta. Isso porque nosso desejo é ensinar que só tem firmeza o homem que tem como seu alicerce Jesus Cristo, para vencer as tentações e dificuldades do mundo moderno”.

Dom Benedito esteve nesta terça-feira, 10 de julho, com o prefeito da cidade, Milton Carlos Caetano, a quem levou o convite para visitar o Congresso. O prefeito avalia que trata-se de um evento muito importante, “que irá render muitos frutos sendo transmitidos para todo o resto do Brasil”. O mesmo convite foi entregue também na Câmara de Vereadores da cidade.

De acordo com o casal coordenador geral do Congresso, Gerson Miguel de Tilio e Isabel Cristina de Tilio, o evento é o momento maior onde toda a estrutura do ECC se reúne. “É uma oportunidade única para definir as possíveis mudanças do documento nacional do ECC através de uma Assembleia e, ainda, disseminar por meio de painéis experiências positivas de uma determinada diocese”, afirma Gerson. Também participará do encontro o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família da CNBB, padre Wladimir Porreca.

O ECC foi fundado em 1970 pelo padre Afonso Pastore, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, em São Paulo. Sete anos depois, os idealizadores do projeto realizam o primeiro Congresso, sediado na paróquia onde o ECC nasceu. Em uma carta escrita em 1983, o padre fundador do projeto escreve que “o ECC é algo incorporado à Vida da Igreja. A ela cabe alimentá-lo, podá-lo e difundi-lo”.
Com informações do blog do Congresso (http://eccnacional2012.blogspot.com.br/)

O adeus ao Cardeal Eugênio de Araújo Sales .

caixao_dom_eugenioCardeais, bispos, religiosos, autoridades políticas, civis e militares deram, nesta quarta-feira, adeus ao Cardeal dom Eugênio de Araújo Sales. A Missa de exéquias foi realizada na Catedral Metropolitana. A celebração foi presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, e concelebrada pelo núncio Apostólico do Brasil, dom Giovanni d'Aniello, e também pelos Cardeais: dom Raymundo Damasceno Assis, dom Odilo Pedro Scherer, dom Cláudio Hummes, dom Geraldo Majella Agnelo, dom Eusébio Scheid e dom José Freire Falcão, além de dezenas de bispos e sacerdotes, muitos dos quais ordenados por dom Eugênio. Também estavam presentes os familiares do cardeal.
Na homilia, dom Orani destacou aquilo que foi verdadeiramente a coroa de glória de dom Eugênio como batizado, como sacerdote e como bispo: sua conformidade com Nosso Senhor Jesus Cristo.“É este o ideal que todos nós, leigos ou clérigos, em qualquer função que sejamos chamados a desempenhar, devemos ter continuamente diante dos olhos e que somos chamados a buscar sem cessar. (...) Foi esse o segredo de todas as suas atividades sociais, culturais, religiosas e de sua incansável fidelidade à Igreja e à sua doutrina.”
Ao final da celebração, o Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, expressou seu pesar pelo falecimento de dom Eugenio Sales.“Ele desempenhou um papel relevante na vida da Igreja no Brasil e no mundo. Numa palavra, Dom Eugênio realizou plenamente o seu lema episcopal, inspirado no texto da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios: ‘Gastarei e desgastarei toda a minha vida por vós’ (II Cor 12,15).”
Sob aplausos, após a Missa, o corpo de dom Eugenio de Araújo Sales foi conduzido à cripta da própria Catedral, onde foi sepultado. Cardeais, bispos e familiares de dom Eugênio permaneceram diante do túmulo e, com grande emoção, entoaram o cântico Salve Rainha. Após o sepultamento, o espaço permaneceu aberto ao público, para orações.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Missa Crioula - Pinhalzinho

No dia 24/06, na comunidade do Pinhalzinho, aconteceu a Festa de São Pedro Apóstolo, padroeiro da comunidade. A missa crioula foi celebrada por nosso Pároco, Pe. Saulo Faccin, com a presença de inúmeros fiéis e também de muitos cavalharanos que vieram de várias comunidades, da cidade e inclusive de outros municípios para abrilhantar a festa. A animação ficou por conta dos violeiros, gaiteiros e cantores de Nova Palma. Confira algumas fotos:































terça-feira, 3 de julho de 2012

Comunidades Eclesiais de Base da América Latina e do Caribe .

CEBSHonduras2No embalo das Comunidades Eclesiais de Base (CEBS) da América Latina e do Caribe, nós, representantes das CEBS do Brasil, acompanhados pela imagem de Nossa Senhora Aparecida e impulsionados pela mensagem de Pedro Casaldaliga, partimos para Honduras para participar do IX Encontro Latino Americano e Caribenho das CEBS. Fomos acolhidos/as pelas comunidades eclesiais de base de Honduras, com muito carinho, na casa Monte Horeb, por sinal, um lugar lindíssimo, situado no meio das montanhas, com jardins belíssimos.

Estiveram presentes participantes dos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Uruguai, Venezuela, Alemanha. Foram convidados, Estela Padilla, de Filipinas; bispos presentes: Dom Giovane Pereira de Melo, da Diocese de Tocantinópolis, bispo referencial para o setor CEB's da CNBB; Monsenhor Ángel Garachana Pérez, bispo de San Pedro de Sula.

O objetivo geral do encontro foi compartilhar e avaliar, projetar e celebrar a caminhada das CEB's no continente e, assim, continuar semeando a semente e os frutos da nova sociedade e da Igreja em vista do Reino de Deus. Tema: Relançamento das Comunidades Eclesiais de Base; Lema: As Comunidades Eclesiais de Base a Serviço de Justiça e da Vida.

CEBSHonduras1Os primeiros dias, apesar da indignação pelos incidentes que sofreram nossos amigos do Haiti, que impossibilitou sua participação no encontro, pois lhes foi negado o visto de entrada em Honduras, foram de muita partilha sobre as experiências vividas no dia a dia das comunidades, considerando as seguintes provocações: qual é a minha história na CEBs, onde e como começamos essa caminhada, o que nos move até hoje. Muitos de nós viemos dos grupos reflexão, dos círculos bíblicos, da luta pela terra e pela água, moradia e outros. Ouvimos histórias e testemunhos belíssimos de pessoas que nem sabiam o que é uma comunidade e, hoje, são discípulas/os de Jesus Cristo em seus países.

Vários presbíteros e leigos/as deram testemunho da sua vocação nascida no seio das CEBs. Entre eles, o bispo referencial das CEBs e do laicato brasileiro, Dom Geovane Pereira de Melo, os padres Josivan Arruda Calixto e Benedito Ferraro. São histórias e compromissos ricos para a vida Igreja e, principalmente, para nós, leigos e leigas. São vocações nascidas nas comunidades, ou seja, vieram do meio do povo e continuam, hoje, presentes no meio do povo.

Quando a delegação brasileira fez sua apresentação, juntamente com Dom Geovane, os participantes gritavam “queremos os bispos no meio do povo”. Isso, para nós, foi um clamor do povo interpelando os nossos pastores para que estejam mais presentes na vida do povo sofrido e esquecido. Nesse sentido, a presença de Dom Geovane foi muito positiva. Ele acompanhou e participou conosco em todos os momentos do encontro, assim, fez Ferraro. Isso marcou o encontro. Algumas pessoas diziam para nós: “aquela é a verdadeira Igreja de Jesus de Nazaré”. Essas presenças, a da juventude e das mulheres, foram avaliados positivamente pela equipe continental das CEBs.

Outro momento importante do encontro foi a análise de conjuntura. A partir dela partimos para as discussões sobre a ecologia, a luta pela terra, a situação dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, mulheres, educação, a importância da nossa presença nos movimentos sociais e na pastoral social.

Interpelados por esses temas, continuamos refletindo sobre as nossas fraquezas, debilidades e desafios. Foram momentos muito ricos nos quais percebemos que estamos mais vivos que nunca, somos resistentes e não deixamos a chama das CEBs se apagar, ou seja, a Célula das CEBs permanece viva, e sem perder aquilo que é mais sagrado na caminhada das comunidades Eclesiais de Base, a vivência e a prática do evangelho de Jesus Cristo no meio dos pobres e excluídos/as.

Cebslatinamerica2012Os bispos afirmaram isso no Documento 25 da CNBB: “As CEBS são expressão do amor preferencial da Igreja pelo povo simples”. Sabemos também que estamos vivenciando um tempo de muitas mudanças sociais e eclesiais, que dificultam as nossas ações e a nossa identidade. Todavia, neste encontro reafirmamos a nossa identidade. E, diante desses desafios, conclamamos a todos com as mesmas palavras de Dom Pedro Casaldaliga pronunciadas na mensagem de abertura do IX Encontro Latino Americano: “O Espírito nos anima a transformar a hora escura da crise em hora luminosa de Kairós. Ser diálogo, diaconia, evangelização integral, militância e contemplação; a partir do dia a dia da família e do trabalho, da eclesialidade ministerial e da organização popular, da pastoral e da política. Três atitudes maiores nos devem definir nessa hora: Indignação profética, Compromisso militante, Esperança pascal. Com isso reafirmamos nosso compromisso com a Igreja dos pobres, de todos os povos, e com o meio ambiente.

As palavras de Dom Pedro Casaldáliga encheram nosso coração de esperança. Podem nos tirar tudo, menos a esperança. Devemos fazer questão de vivermos, todos, agitando, se comprometendo. Cada um de nós é uma célula-mãe, espalhando vida, provocando a vida. A Igreja da libertação está viva, ressuscitada, porque é a Igreja de Jesus. A teologia da libertação, a espiritualidade da libertação, a liturgia da libertação, a vida eclesial da libertação está profundamente arraigada no mistério pascal, que é o mistério da vida de Jesus, o mistério das nossas próprias vidas.

Tivemos também um dia de missão. Fomos visitar e conhecer as comunidades de Honduras. Foi uma riqueza imensa conhecer as comunidades. A realidade não é muito diferente da nossa. São muitas comunidades distantes uma das outras, e poucos presbíteros. O que chama a atenção é que as comunidades são bem organizadas e articuladas pela diocese e suas paróquias. As lideranças, as mulheres predominam, são pessoas simples. Uma experiência boa foi vivida em uma paróquia, onde o pároco tinha convidado as lideranças de todas as comunidades para dar seu testemunho de vida comunitária; ou seja, não foi o presbítero quem falou da vida da comunidade, mas sim o animador da comunidade que está no dia a dia da comunidade. Isso, para mim, foi divino perceber a valorização dos animadores das comunidades. Podíamos ver no rosto desses animadores a alegria de estar falando da sua comunidade e da sua experiência de vida comunitária. Quem sabe, nós, brasileiros também poderíamos nos inspirar nesse exemplo. Pois, muitas vezes dizemos o que vamos fazer para a comunidade e não as pessoas que vivem lá falar de sua própria experiência.

Nas celebrações da Palavra e da Eucaristia experimentamos uma espiritualidade diversificada. Apesar das diferentes línguas, esses momentos celebrativos nos uniam cada vez mais. Foram momentos muito significativos para todos nós. Dizem que o Céu é muito bom! Eu, particularmente, experimentei um pedacinho do céu. Fui seduzida mais uma vez pelo nosso Deus.

O que deixamos em Honduras: Além da imagem de Nossa Senhora Aparecida e a mensagem de Dom Pedro, nosso canto “Peneirei Fubá”. Nós, brasileiros, éramos convocados várias vezes para animar o encontro com esse canto e o “Trem das CEBs”. Deixamos também a nossa experiência, nossa firmeza, a nossa alegria e paixão em fazer parte dessa grande família do Reino, as CEBS, nossa amizade, a solidariedade e um grande carinho pelo povo e pela equipe das CEBs de Honduras.

O que trazemos de volta: mais experiências, alegria e muita esperança; a importância da nossa articulação com os movimentos sociais e com a pastoral social. O sentido de pertença à Pátria Grande. Uma imensa gratidão à equipe das CEBs de Honduras. O compromisso com a ecologia, a articulação entre o Bem Viver e o Bem Conviver, a solidariedade com os migrantes, o desejo de fortalecer as CEBs e acolher os jovens.

Termino com as frases do saudoso Dom Luciano Mendes: “O encontro das CEBs é um verdadeiro pentecostes. É a festa da Redenção, o povo pobre e organizado, mulheres, homens, jovens e crianças, se reúnem para dançar a dança da redenção”.

Edições CNBB lançam Cruz comemorativa do Bote Fé .

“No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus”. Você reconhece esta letra? Ela faz parte do refrão da música “Nova geração”, de padre Zezinho, que tem marcado a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora – por todas as dioceses do Brasil, dentro do projeto “Bote Fé”. Mas além de cantar, você poderá agora “literalmente” levar no peito uma cruz!

Com o objetivo de difundir o sinal do cristianismo e marcar o projeto da peregrinação, as Edições CNBB prepararam a “Cruz do Bote Fé”. O símbolo está disponível para compra pelo site da editora (www.edicoescnbb.com.br) ou pelo telefone (61) 2193-3019, a custo de R$ 5,00 + frete.

“Numa sociedade marcada pela perseguição aos símbolos cristãos e pelas ações de retirada dos sinais religiosos das repartições públicas, usar esta cruz do Bote Fé é uma forma de professarmos a nossa fé e de levar outros jovens a terem sua experiência com Cristo”, ressaltou o assessor nacional da Comissão para Juventude da CNBB padre Carlos Sávio Costa.

Bote Fé

O projeto é um conjunto de ações que une todo país em volta desta visita da Cruz e do Ícone e possui três grandes eixos: celebração, formação e ação social.

A peregrinação dos símbolos tem proporcionado um intenso caminho de evangelização, momentos festivos para cada Igreja particular, além da preparação para o grande evento mundial com o Papa Bento XVI, no Rio de Janeiro, em 2013: a JMJ.

Desse modo, a visita da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora tem atingido a juventude e os mais excluídos, tendo em vista que os símbolos percorrem presídios, hospitais, casas de recuperação de dependentes químicos e de menores infratores em todo país.

Coordenadores da 5ª Semana Social Brasileira se reúnem na CNBB .

reuniao_5a.semanaNa manhã do dia 03 de julho, a equipe de coordenação da 5ª Semana Social Brasileira se reuniu para tratar dos preparativos e reflexões a serem abordados no evento. Na pauta do encontro estava análise do evento Rio+20, a Cúpula dos Povos, e a construção da pauta e a metodologia de trabalho a serem utilizadas no Seminário das Pastorais Sociais.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz e bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Werlang, estava à frente dos trabalhos e explicou que a apreciação de pontos da conferência Rio+20 e da Cúpula dos povos, tem o objetivo de levar tais pontos à reflexão na 5ª Semana Social Brasileira. “Temos que fazer reflexões e debates para ampliar e aprofundar muitas das pautas discutidas na Rio +20 e na Cúpula dos Povos”, disse dom Guilherme.
Ao participar dos dois eventos, dom Guilherme afirmou que um dos pontos de debate que surgiu foi a questão da economia verde. “Nós percebemos que são visões completamente diferentes, até antagônicas, entre o que chefes dos países entendem por economia verde, e o que a Cúpula dos povos entende. Então nós vamos produzir reflexões para esclarecer tanto para dentro da igreja quanto para a população brasileira, o que nós, enquanto CNBB, enquanto Pastorais Sociais, entendemos como economia verde”, elucidou.
A 5ª Semana Social será realizada em 2013 e terá como tema ‘A participação da sociedade no processo de democratização do Estado – Estado para que e para quem?’, e tem como objetivo articular forças populares e intelectuais no debate de questões sociopolíticas e traçar perspectivas para o país, baseadas na Doutrina Social da igreja.
coordenao_5a.semanaA reunião dos coordenadores também discutiu pontos de preparação para o Seminário das Pastorais Sociais, que será realizado em agosto deste ano. O Seminário das Pastorais Sociais é um momento de proposição de ações de rearticulação das relações entre o Estado e a Sociedade Civil. O evento é destinado a ativistas sociais, líderes religiosos, agentes de pastorais, estudantes e profissionais das áreas sociais, membros de organizações não governamentais e governamentais.
“No Seminário nós vamos trabalhar em torno da 5ª Semana Social Brasileira. Vamos olhar o que nós já conseguimos realizar, quais são as dificuldades que os regionais e dioceses encontram, e o que esperamos construir para o ano que vem quando vai acontecer o grande encontro final”, disse o presidente se referindo à 5ª Semana Social Brasileira.
Na reunião, os coordenadores traçam estratégias de como entrar em contato com os assessores das dioceses pelo Brasil, no trabalho de preparação da 5ª Semana Social Brasileira. “Temos que olhar hoje quais os próximos passos na construção da 5ª Semana Social Brasileira, o que devemos fazer além do seminário de agosto, e que outras agendas nós precisamos fazer”, finalizou dom Guilherme.