quarta-feira, 27 de junho de 2012

Santa Maria é a Capital Nacional da Economia Solidária”

“Santa Maria é a Capital Nacional da Economia Solidária”
A sessão especial em homenagem aos 25 anos do Projeto Esperança/Cooesperança lotou o plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria (RS), na noite desta terça-feira, 26 de junho. Quase todos os parlamentares estiveram presentes, além de dezenas de representantes de movimentos sociais.
A homenagem foi proposta pelo vereador Werner Rempel. Em seu discurso, ele destacou a importância do Projeto ao possibilitar a sobrevivência e sustento de pequenos empreendimentos.
- Hoje Santa Maria é a Capital Nacional da Economia Solidária graças ao Projeto Esperança/Cooesperança – afirmou o vereador.
A irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto, agradeceu a homenagem do Legislativo e fez um balanço dos 25 anos de caminhada. Segundo ela, hoje há cerca de 260 empreendimentos solidários em funcionamentos em 34 municípios. Cerca de 5,3 mil famílias são beneficias diretamente e em torno de 23 mil pessoas de forma indireta.
A criação do Projeto Esperança ocorreu em 15 de agosto de 1987 pelo então bispo de Santa Maria Dom Ivo Lorscheiter, uma equipe da Diocese, Cáritas, UFSM, Emater e outras organizações. A ideia surgiu através do estudo do livro “A pobreza, riqueza dos povos”, do autor africano Albert Tévoèdjeré. Hoje, faz parte do Banco da Esperança, da Arquidiocese de Santa Maria, integrado a Cáritas Regional.
O Projeto busca a construção do associativismo, o trabalho, a solidariedade, a cidadania e um novo modelo de cooperativismo através da Economia Solidária e da inclusão social. Conforme a irmã Lourdes, o capitalismo está saturado e é preciso colocar as pessoas em primeiro lugar.
- A Economia Solidária é um jeito inovador de realizar a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia, cooperação e solidariedade. A gestão é coletiva e os resultados são compartilhados – explica irmã Lourdes.
A sessão especial foi encerrada com o discurso do presidente da Casa, vereador Manoel Badke. Ele também reforçou a importância do Projeto.
- Hoje foi uma noite muito importante. Mostramos que com mãos dadas e unidas poderemos mudar o Mundo – declarou Badke.
8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul
A 8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e 19ª Feira Estadual do Cooperativismo (Feicoop) serão realizadasem Santa Mariaentre os dias 13 e 15 de julho, no Centro de Referênciaem Economia Solidária DomIvo Lorscheiter. Em paralelo, também ocorrerão a 11ª Feira Nacional de Economia Solidária, 12ª Mostra da Biodiversidade e Feira de Agricultura Familiar, 8º Seminário Latino Americano de Economia Solidária, 8ª Caminhada Internacional e Ecumênica pela Paz e 8º Levante da Juventude. Os eventos são promovidos pelo Projeto Esperança/Cooesperança, da Arquidiocese de Santa Maria, com apoio da Prefeitura Municipal.
Fonte: Assessoria da 19ª Feicoop e 8ª Feira de Economia Solidária do Mercosul

Bispo de Jales é convocado para mais dois anos no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social .

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES) é presidido pelo Presidente da República e seus membros são designados por ato formal do Presidente da República por dois anos, com possibilidade de recondução. Dom Demétrio atua junto a este Conselho desde 2010, sendo convidado pelo Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Moreira Franco, para outro mandato de dois anos.
O CDES tem o papel de colaborar na formação do juízo político do Governo, como instituição representativa da sociedade. Seu desafio é estabelecer o diálogo entre as diversas representações da sociedade civil a fim de e discutir as políticas públicas e propor as medidas necessárias para alavancar o crescimento do país.
Na composição do Conselho estão presentes trabalhadores, empresários, movimentos sociais, governo e lideranças expressivas de diversos setores. Para nomeação dos integrantes, o Presidente busca combinar a representatividade setorial, abrangência social, densidade política e capacidade para contribuir e repercutir os debates sobre temas fundamentais.
Leia abaixo o telegrama enviado a dom Demétrio:
“Senhor Conselheiro,
Seu empenho e dedicação no avanço dos temas tratados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social foram decisivos para consolidar este espaço de debate franco e com real capacidade de aportar contribuições efetivas na construção de um país mais justo, desenvolvido e democrático.  Nesse sentido, sua recondução como Conselheiro pela Presidenta Dilma Rousseff, no último 15 de junho, constitui o reconhecimento por seus esforços pessoais e foi para mim motivo de especial satisfação. Ressalto minha certeza de que sua relevante experiência continuará a apoiar de forma fundamental os trabalhos desse colegiado e manterá a riqueza dos debates em torno de temas centrais ao desenvolvimento do Brasil. Com a minha admiração e sempre ao seu dispor”,
W. MOREIRA FRANCO
Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Brasil sem aborto: 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida .

5_Marcha_Nacional_pela_VidaNo dia 26 de junho, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi palco de uma marcha que mobilizou diversos movimentos, religiosos e não religiosos, em prol da causa contra o aborto. A manifestação, organizada pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto –, teve início em frente ao Museu Nacional da República e marchou até o gramado em frente ao Congresso Nacional. O objetivo dos organizadores e manifestantes, além de protestar contra o aborto, era também defender a aprovação do Projeto de Lei 478/2007, conhecido como Estatuto do Nascituro.
“A vida é um direito universal, o primeiro e mais fundamental de todos os Direitos Humanos. Em nosso país, a Constituição Federal diz que o direito à vida é inviolável”, disse Jaime Ferreira Lopes, um dos fundadores e vice-presidente do Movimento Brasil sem Aborto. Jaime explica que para surtirem resultados no sentido de coibir a prática de aborto, é necessária a participação da sociedade. “É importante mobilizar o povo e a população para que possamos impedir que o aborto seja legalizado em nosso país. Só com a participação popular que o Congresso Nacional entende o que o povo quer, por isso é importante a participação de todos”, afirmou.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi representada pelo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, padre Rafael Fornasier. Sobre a ideia de que a causa contra o aborto é ligada à questão religiosa, padre Rafael diz que, além desta, o motivador é “fundamentado em dados filosóficos, antropológicos e jurídicos”. “O Estado é Laico, e respeita todas as expressões religiosas, no entanto, o Estado não é ateu. Defender a vida é um direito universal”, mencionou.
O vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, Antônio César Perri, também manifestou a posição da entidade perante a causa. “Nós entendemos que a mobilização é importante para mostrar para a sociedade nosso pensamento em defesa da vida, em qualquer momento da existência física. Desde o momento da concepção já há um ser que deve ser respeitado”.
Pastor Elias Castilho, secretário-executivo da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, comentou sobre a posição dos evangélicos e a atuação junto ao governo. “A vida é o maior patrimônio dado por Deus, temos feito um trabalho muito grande nas comissões dentro do Congresso Nacional, inclusive em parceria com a CNBB, defensores da vida”.
Na marcha também há casos como o da manifestante Maria Aparecida Teles Felinto, que falou sobre a experiência de interromper uma gravidez. “Eu já provoquei um aborto, há 30 anos. Até hoje choro por esse filho que não tive. É muita angústia, muita dor, é um sentimento que não dá para superar”, descreve.
A Marcha contou a presença de muitos jovens, representantes de diversos movimentos. Cláudio de Almeida, da Associação desportiva Turma dos Ratos, que reúne jovens de diferentes religiões, acredita que desde a concepção há uma vida no ventre materno. “Acabar com a vida de um feto é uma injustiça porque essa vida não pode se defender. Não é justo fazer um aborto devido à falha de duas pessoas”, disse. “Hoje tenho quatro filhos, amo muito todos eles, e penso se algum deles não estivesse ali, como faria falta”, exemplificou.
“A juventude, às vezes, pode parecer minoria nessa causa, mas como cidadãos, também representa a luta pela vida”, declarou Eliana Machado, de 20 anos.
Uma das reivindicações do movimento é a aprovação do Estatuto do Nascituro, tido como um dos o mais importante projetos em defesa da vida. O projeto tramita na Câmara dos Deputados desde a apresentação, em 2005, do substitutivo do projeto de lei 1135/91, que propunha a total descriminalização da aborto, tornando a prática totalmente livre, por qualquer motivo durante os nove meses da gravidez.
A pediatra e homeopata Rosimere Oliveira Neves, participou das cinco marchas realizadas nos anos anteriores e disse ser radicalmente contra o aborto em qualquer situação. “É um atentado contra a vida. Mesmo que essa mãe não queira essa criança, há alternativas, além de cometer esse crime”, opina.
Rosimere também cita a necessidade de profissionais de saúde se posicionarem perante a causa. “Se a lei for aprovada vai obrigar esse profissional a fazer um aborto, e 80% são contra o aborto. É o caos ser obrigado a matar, é um absurdo um médico fazer um juramento milenar de Hipocrates, de defender a vida, e optar por extinguir uma vida, de um ser formado, geneticamente constituído”, declarou a pediatra.
CNBB participa de Sessão Solene pró-vida
peRafael_sessao.soleneEm homenagem ao 6º aniversário do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil sem aborto), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi convidada a participar, no dia 25, de Sessão Solene da Câmara dos Deputados. A sessão foi proposta pela Frente Parlamentar em Defesa da Vida do Congresso. Em nome da presidência da Conferência, estava o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, padre Rafael Fornasier.
Na ocasião foram representadas, várias organizações religiosas espíritas, evangélicas e católica – representada pela CNBB –, que contribuem com a mobilização da sociedade brasileira e, e especial, no trabalho de articulação política. De acordo com o padre Rafael Fornasier, o “movimento é supra-religioso e suprapartidário” e visa impedir a aprovação de projetos de lei que atentem contra o direito à vida de uma criança por nascer, apoiando proposições legislativas de afirmação deste mesmo direito.
Durante a reunião o padre afirmou que o governo deve defender a vida concebida desde a concepção. “A questão da vida desde o ventre materno é uma questão de cidadania, a Constituição Federal e Código Civil, já garantem esse direito”. Ainda de acordo com Rafael, a maior parte da população é contra o aborto. “O governo tem que corresponder ao que a maioria do povo brasileiro defende. O povo não admite aborto”, alegou.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Encontro latinoamericano de articulação de CEBs no Caribe .

por: CNBB / Rádio Vaticano
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Está em andamento desde o último sábado, 16 de junho, na cidade de San Pedro, Honduras, o 9º Encontro latino-americano e caribenho das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

“Refletimos sobre a inculturação de um novo paradigma de evangelização na América. Civilização e cultura são campos de conflito na sociedade continental. Fica claro que precisamos superar um culturalismo romântico e defender a inculturação, mostrando que existem alternativas e caminhos como resposta as demandas do tempo presente”, afirmou o Padre Vileci B. Vidal, um dos coordenadores 13º Intereclesial.

Padre Vileci afirmou que o 9º Encontro está servindo de novas bases de articulação das CEBs no Continente Americano. “Neste dia de encontro, estamos tratando do relançamento das CEBs no continente dada nestes quatros anos de caminhada. Vimos que o 12º Intereclesial no Brasil foi o marco deste relançamento para revitalizar as CEBs, tendo como fruto o Documento 92 da CNBB. Além disso, o 13º Intereclesial nos fez ver que precisamos discutir mais a relação CEBs e Religiosidade Popular na América”.

O religioso continuou explicando: “Neste sentido, a missão é pela conquista da América como lugar do diálogo e relação intercultural no campo da evangelização numa atitude ecumênica. Pois, não podemos aceitar a mudança do mundo sem a nossa participação”. O encontro vai até o dia 21 de junho.

Assembleia de CEBs debate os desafios da missão no campo e na cidade .

tocantinsnelito2012Mais de 200 lideranças das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do estado do Tocantins reuniram-se na comunidade de São Marcos, no município de Miranorte (TO), às margens do Rio Cedro, acampados com suas barracas e, debaixo de um galpão coberto de palmeiras de babaçu, para debaterem sobre os desafios da missão no campo e na cidade.
Contando com a assessoria do padre Nelito Dornelas, da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da CNBB, os participantes foram distribuídos em cinco grupos para fazer um levantamento da vida das CEBs em sua região, as conquistas, desafios e sonhos.
Durante o encontro, os participantes estudaram as Diretrizes Gerais de Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), confrontando as cinco urgências ali apontadas com aquelas percebidas na realidade local. Constataram que urgente para as CEBs do Tocantins é o desafio de trabalhar com a juventude, proteger e amparar as famílias, promover a vivência de uma espiritualidade comprometida com o outro, a formação bíblica e catequética e a defesa do meio ambiente.
“Os presentes constataram e reafirmaram a veracidade de que ‘a vida em comunidade é essencial à vocação cristã. O discipulado e a missão sempre supõem a pertença a uma comunidade. Este é um aspecto que distingue a experiência da vocação cristã de um simples sentimento religioso individual’ (cf DAp 164). Que ‘as Comunidades Eclesiais de Base têm sido escolas que têm ajudado a formar cristãos comprometidos com sua fé, discípulos e missionários do Senhor, como testemunhas de uma entrega generosa, até mesmo com o derramar do sangue de muitos de seus membros. Elas abraçam a experiência das primeiras comunidades’, como estão descritas nos Atos dos Apóstolos”, disse o padre Nelito Dornelas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Caritas Internationalis divulga documento sobre a Rio+20

Caritas Internationalis divulga documento sobre a Rio+20
“Todos com fome de justiça, equidade, sustentabilidade ecológica e co-responsabilidade!”        
É com esta afirmação que a Caritas Internationalis, uma confederação mundial de 164 organizações solidárias, da qual e Cáritas Brasileira faz parte, inicia o documento que declara o posicionamento da entidade com relação a Rio+20.
O futuro na perspectiva da Caritas defende o enfoque no desenvolvimento humano, por meio do respeito e da realização dos direitos humanos. Erradicar a fome, a pobreza e a exclusão são prioridades fundamentais para a Caritas.
“Conclamamos a uma mudança de paradigma, a uma nova civilização do amor pela humanidade, que coloque a dignidade e o bem-estar de homens e mulheres no centro de toda ação. Todo compromisso que se assuma na cúpula da Rio+20 deve validar esta perspectiva. Conclamamos os líderes do mundo a enfrentar este desafio, com valentia e confiança, a fim de que esta cúpula seja uma mensagem de esperança para a humanidade, sobretudo para os pobres e excluídos.”
Cinco elementos são apontados no documento como fundamentais para um caminho de mudança: um futuro sem fome; um futuro com visão; um futuro de cuidados com a nossa casa: A criação; um futuro com o novo marco econômico verde; e um futuro que respeite mulheres e homens criados à imagem de Deus: um novo contrato social.

Seminário reúne responsáveis pela formação em movimentos leigos .

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Entre os dias 1º e 3 de junho próximo passado, a Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato promoveu o Seminário para os responsáveis pela formação desenvolvida nos movimentos, associações e serviços eclesiais. Na cidade de Vargem Grande Paulista (SP), estiveram reunidos membros de vinte grupos ou movimentos leigos, juntamente com o representante da Comissão Episcopal, dom Milton Kenan Júnior, e de dom Antônio Celso de Queirós.

O Seminário tinha como objetivo promover a partilha e o diálogo sobre o projeto formativo dos movimentos eclesiais. Houve um destaque para o que apresentam os documentos eclesiais e os elementos-chave de um processo formativo. O evento também teve espaço para a partilha e o diálogo sobre os pontos comuns, as riquezas e os desafios.

Os participantes estabeleceram alguns encaminhamentos do encontro. Quanto à formação, ficou definida a constituição de uma equipe que vai elaborar uma publicação que apresente cada organização e seu processo formativo na perspectiva de partilhar essas experiências e contribuir para a formação do laicato no Brasil em seus diferentes âmbitos. Também destacou-se a importância da articulação da formação com as urgências das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Procurando promover a busca permanente de comunhão, ficou definido também que todas as organizações coloquem em suas ações a Jornada Mundial da Juventude, incentivando e apoiando a participação dos jovens

Cardeal Scherer será o enviado do Papa para a Conferência Rio+20 .

enviadodopapario20O arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, será o enviado especial do papa Bento XVI e chefe da Delegação da Santa Sé na Conferencia das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustenstável (Rio+20), que será realizada entre os dias 13 e 22 de junho (o arcebispo foi nomeado para os dias 20 a 22, quando acontece o Segmento de Alto Nível da Conferência, com a presença de diversos chefes de Estado), na cidade do Rio de Janeiro. Dom Odilo foi comunicado da nomeação pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D'Aniello, por carta datada de 29 de maio. A carta do Núncio informa, ainda, que "também farão parte da Delegação da Santa Sé o Ex.mo Mons. Francis Chullikatt, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, o Rev.do Philip J.Bené, o Ver.do Justin Wylie e o Advogado Lucas Swanepoel".
A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.
O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
A Conferência terá dois temas principais: "A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza"; e "A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável".
A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16  e 19 de junho, serão programados os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Missa reúne 1 milhão de pessoas no encerramento do 7º Encontro Mundial das Famílias .

papa7emf20122No último sábado, 2 de junho, foi organizado, no moderno estádio de futebol San Siro, sede de duas importantes equipes da Itália, Milan e Inter de Milão, um grande encontro com aproximadamente 80 mil crismandos. O papa Bento XVI os convidou à perseverança.
No mesmo dia, à noite, aproximadamente 400 mil pessoas se dirigiram pelas ruas de Milão, a pé ou em alguns meios de transporte, para o aeroporto de Bresso, onde houve a Festa dos Testemunhos. Um palco montado para a ocasião, equipado com a tecnologia de TVs locais, animado com a presença de músicos e artistas, foi o local onde Bento XVI se encontrou com alguns casais, de várias partes do mundo, inclusive do Brasil.
papa7emf20121No domingo, 3, como era anunciado pelos jornais e pelas autoridades publicas, um milhão de pessoas participou da missa com o papa. A missa de encerramento do 7º Encontro Mundial das Famílias começou as 10h e terminou ao 12h. Como sempre, durante estes grandes eventos com a presença do Sumo Pontífice, havia muita alegria e emoção. O papa, ao atravessar quase todo o aeroporto para chegar no palco principal, onde estava o altar, parou varias vezes para abraçar e abençoar algumas crianças. Já no caminho para o aeroporto, muitas famílias jovens realizavam o trajeto como uma pequena peregrinação.
Os diversos países representados se destacavam ora pela participação direta de um de seus representantes durante a celebração, ora pela agitação das bandeiras, e finalmente, pelas reações à mensagem do papa em varias línguas.
Próximo Encontro
Ao final da missa, o papa Bento XVI anunciou a próxima cidade sede do Encontro Mundial das Famílias, em 2015, e a escolhida foi Filadélfia, nos Estados Unidos. Será a vez de se promover o evento no Continente Americano.
Mensagens
Com o pensamento voltado ao futuro, dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, que participou ativamente do encontro em Milão, lançou uma mensagem de encorajamento. “Bom, eu quero dizer que vivemos numa etapa difícil da vida, mas ao mesmo tempo, fascinante. Há aspectos de dificuldade porque a realidade é complicada, é agressiva, mas é fascinante porque circunstâncias externas nos provocam, então a pessoas tem que estar viva para não ficar perdida, para não ser ‘Maria vai com as outras’. E este é um aspecto que considero interessante. Na época dos meus avós, dos meus pais, era óbvio que um homem se realizasse constituindo sua família, que uma mulher se realizasse constituindo a sua, gerando filhos e dedicando-se para educá-los. Hoje isto não é mais óbvio. E necessário utilizar a cabeça para pensar: que oportunidades de vida existem, quais são mais convenientes, como eu quero ser feliz, de maneira quero realizar a minha humanidade. Acredito que não há caminho melhor do que chegar a conclusão que o melhor modo de realizar a própria humanidade e ser feliz com dignidade é fazer dom da própria vida para o bem de outros, ou na vida de família, ou como Madre Teresa de Calcutá, mas esta ideia de que um individualismo nos oferece mais oportunidades, antes o meu interesse e depois o resto, é na realidade um caminho tão miserável que acaba desaguando em situações desumanas, que não valem a pena. O que desejo para o mundo é que reencontre o caminho de Jesus e do Evangelho para viver com grandeza de coração o grande ideal que permite viver com dignidade e beleza. Na base de tudo está o amor, e não tem outro jeito. Não adianta inventar a roda porque ela já foi inventada”, disse dom Petrini.
Neste momento em que a família está no centro da atenção da Igreja, um pensamento deve ser também dirigido às pessoas sós, que perderam suas famílias, que foram divididas das suas por causa de guerras ou em fuga de situações de conflito. Há também a solidão de quem, por tantas razões, não constituiu uma família. A eles, o cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, envia a sua mensagem: “Naturalmente existe cada vez mais este fenômeno de pessoas sós, apesar de tão grande ser a multidão e de tantos modos de comunicar. É um fenômeno que merece ser estudado profundamente para ver como se pode superar as causas da solidão. Eu diria às pessoas sós que não se fechem em sua solidão. Existe sempre um modo de continuar em comunhão, em comunidade, e não se sentindo sós, porque a comunidade humana, no conjunto, é também uma grande família, e nela existem muitas agregações, modos de sentir-se em família. Para nós, a Igreja é a grande família, formada de grandes famílias, grupos, onde as pessoas não precisam necessariamente sentir-se sós. a solidão, portanto, pode ser superada através de uma maior participação nas atividades comunitárias, vivendo a vida numa dimensão solidária, ao invés de viver a vida dentro de uma dimensão de solidão”.