quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

CNBB participa de debate sobre saúde pública

Fazer uma boa provocação para que a sociedade brasileira discuta o tema saúde pública. Este é um dos objetivos do Grupo de Trabalho (GT) sobre este tema, que se reúne na manhã desta terça-feira, 28/02, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Os participantes do grupo representam diversas entidades, como organizações sociais da área de saúde, organizações não-governamentais, movimentos e pastorais.
O GT surgiu de um debate promovido no último dia 17 que tinha como preocupação encontrar caminhos para potencializar a reflexão sobre a saúde pública, proposta pela Campanha da Fraternidade deste ano. A tarefa do grupo é monitorar os desdobramentos da reflexão, a partir das atividades propostas.
Entre estas ações está a realização de dois seminários para discutir o tema: o primeiro em maio, de âmbito nacional, e o segundo próximo das eleições, em âmbito local. Também deverá ser elaborada uma carta aberta em defesa do Sistema Único de Saúde e promovido um debate junto ao governo federal.
“A questão deve ser prioridade para o país e também nos municípios”, lembra o padre Ari Antonio dos Reis, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB. Como integrante do grupo, ele lembra que o calendário eleitoral pode ser providencial para a discussão. “A discussão do tema saúde pode ajudar na reflexão, e exigir dos candidatos atitudes concretas em benefício da saúde pública em âmbito local”.
Também participa do GT uma representante da articulação estudantil. Para Bianca Borges, os estudantes brasileiros devem colaborar neste debate político da saúde, não apenas constatando que o serviço público é ruim. “Queremos mostrar que a saúde é um direito social conquistado num país democrático, e não é favor de um governo”. Ela recorda ainda que este engajamento é importante para a própria qualificação profissional dos estudantes, inclusive na implementação de uma formação interdisciplinar.
Integram também este GT sobre saúde pública o coordenador da Pastoral da Saúde, Sebastião Venâncio, a presidente do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde, Ana Maria Costa, e o assessor da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Guilherme Delgado.

5º Encontro com os Jornalistas

A Assessoria de Imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizará nos dias 23 a 25 de março de 2012, em Brasília, o 5º Encontro com os Jornalistas das Dioceses, Regionais e Organismos da CNBB. “Gostaríamos muito de ter a participação do jornalista ou colaborador de sua diocese”, afirmou o organizador do encontro e assessor de imprensa da CNBB, padre Rafael Vieira, em convite enviado aos bispos de todo o país.
O encontro pretende contar com pessoas que trabalham em rádios, TVs e jornais ligados às paróquias, dioceses e congregações, mesmo que não sejam formados em Jornalismo, mas que atuem nesta área.
“Nosso objetivo é partilhar o trabalho das assessorias de imprensa feito nas dioceses, nos Regionais e Organismos da CNBB, além de fortalecer os laços entre os que trabalham nestas instâncias e nos veículos de comunicação da Igreja”, completou padre Rafael.
O encontro deste ano debaterá a construção de uma rede de correspondentes, e terá como tema: “Jornalismo em Rede: um desafio para a Igreja”. O tema mostra a necessidade de desenvolver um sistema de correspondentes, espalhados pelo país, produzindo notícias para veiculação nacional, no site e boletins da CNBB.
Um dos palestrantes será o jornalista da Globo News, Sidney Rezende, um dos fundadores da Central Brasileira de Notícias (CBN) e primeiro editor-executivo desta rádio. O segundo palestrante convidado é o jornalista, professor de Web Jornalismo e Consultor de Comunicação em tempo integral, Antônio Danin Júnior.
Além das palestras, mesas redondas, o encontro inclui uma parte cultural, que é o passeio turístico por Brasília (DF), mostrando todo o lado político da Capital Federal, como a Explanada dos Ministérios; o Palácio do Planalto; Itamaraty; Supremo Tribunal Federal, como também a Torre de TV.
Reiteramos a necessidade de observar alguns requisitos para a participação do encontro. A pessoa deve atuar diretamente na Diocese, no Regional ou Organismo Vinculado à CNBB, ou em rádio, TV e jornal de propriedade da Igreja ou de alguma Congregação Religiosa, indicando o serviço que presta: assessoria de imprensa, assessoria de comunicação; editor de jornal, produtor, etc;
As despesas de passagem e hospedagem correrão por conta do participante ou de quem o envia (Diocese, Regional ou Organismo). O valor da diária completa (com café da manhã, lanches, refeições e pernoite), fica em 85 reais, com do pagamento direto no local do encontro: Casa de Retiros Assunção, que fica na L2 Norte, Quadra 611, Brasília (DF), tel.: (61) 3274-5336 / 3272-3526).
A ficha de inscrição, que segue abaixo em download, deverá ser enviada por fax ou e-mail aos cuidados de Janiery Alves – E-mail: imprensa5@cnbb.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. - Fax (61) 2103-8303.
O encontro terá início às 18h do dia 23/03 e término às 12h do dia 25/03, e as vagas são limitadas.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Gravação do CD "Bote Fé no Brasil"

Arena_Bote_Fe_-_ensaio_001No final da tarde desta sexta-feira, 10, mais de 30 artistas católicos e quase 20 mil pessoas participam da gravação do DVD “Bote Fé Brasil”, na Arena Bote Fé montada na praia do Forte, em Natal, no Rio Grande do Norte. A iniciativa é fruto de uma parceria da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a arquidiocese de Natal e a gravadora Sony Music.
carlossaviobotefeA Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, que ficou encarregada de coordenar a preparação da Igreja no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, em 2013, tomou a iniciativa de preparar este show. “O principal desta preparação é a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora pelas 276 dioceses do país”, conta o padre Carlos Sávio, assessor para a Juventude da CNBB.
Ele afirma que a adesão dos artistas católicos ao convite para o Bote Fé Natal foi muito tranquila. “Difícil foi conciliar as agendas de todos”, recorda padre Sávio, que destaca o fato de ser a primeira vez que todos estes cantores se reúnem num único evento. “Eles representam diferentes expressões da música da nossa Igreja. Teremos cantores conhecidos e outros que estão começando num mesmo momento de evangelização”.
cantorairbotefeUma das cantoras presentes é a irmã Kelly Patrícia. A religiosa afirma que a união de tantos artistas da nossa Igreja mostra o quanto a JMJ é importante para o país. “No Bote Fé Natal estamos colocando lenha na fogueira, para que em 2013 esta chama esteja ainda maior. É muito bom estar aqui, na diversidade de dons, e mostrar a riqueza da nossa Igreja no Brasil”, declarou. A religiosa revela qual o teor de sua mensagem neste Bote Fé. “Quero convidar os jovens para entrar na Divina aventura. A aventura é a caça ao tesouro, que é Deus”.
Padre Sávio destaca que a produção deste DVD conta com o apoio dos mais renomados profissionais do mercado fonográfico. A organização é da Sony Music, que é a maior distribuidora de CD’s e DVD’s do mundo. A produção do show é de Guto Graça Mello, o principal produtor musical do país que recentemente produziu o show de Roberto Carlos, em Jerusalém. “A parte técnica é de primeiro mundo e está tudo isso a serviço do nosso trabalho de evangelização” conta o assessor. A expectativa é que até a Páscoa o álbum já esteja disponível nas lojas de todo o país.

Tudo pronto para o 7º Encontro Mundial das Famílias .

O Pontifício Conselho para a Família, do Vaticano, em conjunto com a arquidiocese de Milão, na Itália, estão promovendo o 7º Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá de 30 de maio a 03 de junho, em Milão. O tema deste encontro será “A Família: O trabalho e a festa”.
Todas as informações do Encontro Mundial das Famílias podem ser adquiridas no endereço eletrônico: www.family2012.com, que estão disponíveis em seis línguas, inclusive na língua portuguesa.
Estão previstos na programação do evento congressos, feiras literárias internacionais, debates, mesas redondas, missas e um encontro com o papa Bento XVI.
Em carta ao presidente do Pontifício Conselho para a Família, cardeal Ennio Antonelli, o papa Bento XVI destaca a preparação para o 7º Encontro Mundial das Famílias.
Leia a íntegra da carta do papa.
Venerado Irmão Cardeal Ennio Antonelli, presidente do Pontifício Conselho para a Família.
No encerramento do VI Encontro Mundial das Famílias, realizado na Cidade do México em Janeiro de 2009, anunciei que o próximo Encontro das famílias católicas do mundo inteiro com o Sucessor de Pedro teria lugar em Milão, no ano de 2012, sobre o tema: «A família: o trabalho e a festa». Desejando dar início agora à preparação deste importante acontecimento, é-me grato confirmar que, se Deus quiser, ele será realizado de 30 de Maio a 3 de Junho e, ao mesmo tempo, quero oferecer algumas indicações mais pormenorizadas a propósito da temática e das modalidades de realização.
O trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: condicionam as suas escolhas, influenciam os relacionamentos entre os cônjuges, e entre os pais e os filhos, incidem sobre a relação da família com a sociedade em geral e com a Igreja. A Sagrada Escritura (cf. Gn cap. 1-2) diz-nos que a família e o trabalho constituem dádivas e bênçãos de Deus para nos ajudar a viver uma existência plenamente humana. A experiência quotidiana garante que o desenvolvimento autêntico da pessoa exige quer as dimensões individual, familiar e comunitária, quer as actividades e as relações funcionais, como também a abertura à esperança e ao Bem sem limites.
Infelizmente, nos nossos dias a organização do trabalho, pensada e levada a cabo em função da concorrência de mercado e do máximo lucro, e a concepção da festa como ocasião de evasão e de consumo, contribuem para desagregar a família e a comunidade, bem como para difundir um estilo de vida individualista. Por conseguinte, é necessário promover uma reflexão e um compromisso destinados a reconciliar as exigências e os tempos de trabalho com aqueles da família, recuperando assim o verdadeiro sentido da festa, especialmente do domingo, Páscoa semanal, dia do Senhor e do homem, dia da família, da comunidade e da solidariedade.
O próximo Encontro Mundial das Famílias constitui uma ocasião privilegiada para reconsiderar o trabalho e a festa, a perspectiva de uma família unida e aberta à vida, bem inserida na sociedade e na Igreja, atenta à qualidade dos relacionamentos para além da economia do próprio núcleo familiar. Contudo, para que venha a ser autenticamente fecundo, o acontecimento não deveria permanecer isolado, mas inserir-se num adequado percurso de preparação eclesial e cultural. Portanto, formulo votos a fim de que já durante o ano de 2011, XXX aniversário da publicação da Exortação Apostólica Familiaris consortio, «magna charta» da pastoral familiar, possa ser empreendido um itinerário válido com iniciativas nos planos paroquial, diocesano e nacional, destinadas a salientar experiências de trabalho e de festa nos seus aspectos mais genuínos e positivos, com particular atenção à incidência sobre a vida concreta das famílias. Por isso, as famílias cristãs e as comunidades eclesiais do mundo inteiro sintam-se comprometidas e ponham-se com solicitude a caminho de «Milão 2012».
Como os precedentes, o VII Encontro mundial terá uma duração de cinco dias e culminará no final da tarde de sábado, com a «Festa dos Testemunhos» e na manhã de domingo, com a Missa solene. Estas duas celebrações, que serão por mim presididas, ver-nos-ão reunidos como «família de famílias». A realização global deste acontecimento será preparada de maneira a harmonizar inteiramente as várias dimensões: oração comunitária, reflexão teológica e pastoral, momentos de fraternidade e de intercâmbio entre as famílias hóspedes e as famílias do território, ressonância mediática.
O Senhor recompense desde já, com abundantes favores celestiais, a Arquidiocese ambrosiana pela generosa disponibilidade e pelo compromisso organizacional, posto ao serviço da Igreja universal e das famílias pertencentes a numerosas nações.
Enquanto invoco a intercessão da Sagrada Família de Nazaré, dedicada ao trabalho quotidiano e assídua nas celebrações festivas do seu povo, concedo de coração a Vossa Eminência, venerado Irmão, bem como aos Colaboradores, a Bênção Apostólica que, com especial afecto e de bom grado, estendo a todas as famílias comprometidas na preparação do grande Encontro de Milão.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade


Hoje Quarta-feira de Cinzas (22) se da abertura da Campanha da Fraternidade/2012. O tema proposto para a Campanha deste ano é  “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, tirado do livro do Eclesiástico. A CF-2012 tem como objetivo geral “refletir sobre a realdiade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobiliza por melhoria no sistema público de saúde". Realizada desde 1964, a Campanha da Fraternidade mobiliza todas as comunidades catóilcas do país e procura envolver outros segmentos da sociedade no debate do tema escolhido. Na Paroquia  a Celebração de Cinza vai ser logo mais às 20:00horas.

Romaria da Terra



Foto destaque

Sob o tema "Agricultura familiar camponesa: vida com saúde", o evento abriu oficialmente, às 9h, com o deslocamento até a comunidade de Bom Principio Baixo. Na ocasião, os agricultores carregaram símbolos encenando a "Agricultura para Vida e para Morte"; "Águas para Vida e para Morte"; "Êxodo Rural x Exemplo de Comunidade Organizada" e "Agricultura Familiar Camponesa: Vida com Saúde", finalizando com celebração realizada pelo presidente da Comissão de Justiça e Paz da CNBB, Dom Guilherme Werlang.
O governador Tarso Genro participou, nesta terça-feira (21), no município de Santo Cristo, da 35ª Romaria da Terra. Autoridades da região e 18 dioceses do Estado, representadas por bispos, padres, religiosos e lideranças pastorais, além de movimentos populares, percorreram um trecho de dois quilômetros manifestando-se favoravelmente à sustentabilidade como forma de preservação da terra.
Tarso destacou que os ideais da Romaria são compartilhados pelo Executivo e que retornará às futuras edições do evento. "Estarei na Romaria também nos próximos dois anos, pois somente juntos poderemos fazer um Governo com aqueles que estão na base da pirâmide social", afirmou, ao ressaltar que acredita no desenvolvimento "de baixo para cima, a partir daqueles que trabalham, plantam, produzem e colhem." 
Desenvolvimento RuralO governador lembrou que um dos primeiros atos de sua administração foi enviar, à Assembleia Legislativa, o pedido de criação da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). "Este é o reconhecimento da importância do setor, já que 27% do PIB gaúcho vem da agricultura familiar".
Atualmente, a SDR atende 379 mil famílias de agricultores, 13 mil famílias assentadas, mil famílias de sem-terra acampadas, 22 mil pescadores artesanais, 30 mil piscicultores, 19.789 indígenas, 3.897 famílias quilombolas, 2.755 cooperativas rurais e urbanas e 8.160 agroindústrias familiares. Em 2011, foram desenvolvidos pela pasta planos como o Safra, Leite Gaúcho, de Agroindústria Familiar "Sabor Gaúcho", RS Pesca e Aquicultura, de Cooperativismo Rural, Erradicação da Pobreza, Troca-Troca de Sementes e ações contra os efeitos da estiagem, além da anistia às dívidas de agricultores e a indenização aos desalojados de áreas indígenas.
Mais cedo, antes da participação na caminhada, o governador foi até o cemitério local onde foram enterradas grande parte das vítimas de um acidente entre um ônibus e uma carreta, em Santa catarina, e que deixou um saldo de 26 mortos, há quase um ano. Na época, Tarso Genro decretou luto oficial de três dias no Estado. 
Durante a tarde prosseguem, na 35ª Romaria da Terra, apresentações e eventos culturais com artistas locais. O encerramento está previsto para às 15h30min, com celebração ecumênica. Conforme a organização, cerca de 30 mil pessoas participaram do encontro. Fonte Abraço/RS e Site do RS



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade: 49 anos de amor ao próximo e referência democrática .

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Está chegando a Quaresma, tempo em que a liturgia da Igreja convida os fiéis a se prepararem para a Páscoa, mediante a conversão, com práticas de oração, jejum e esmola. E é justamente na Quarta-Feira de Cinzas, que acontece um dos principais eventos da Igreja Católica no Brasil, o lançamento da Campanha da Fraternidade. A CF, como é conhecida, está na sua 49ª edição, é realizada todos os anos e seu principal objetivo é despertar a solidariedade das pessoas em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções. Neste ano de 2012 a Campanha da Fraternidade destaca a saúde pública e suas variantes. Com o tema “Fraternidade e Saúde Pública”, e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8); a CF de 2012 tentará refletir o cenário da saúde no Brasil, conscientizando o Governo da precarização de condições dos hospitais e mobilizando a sociedade civil para reivindicar melhorias.
A CF é uma campanha conhecida em todo o país e reconhecida internacionalmente. Mas você sabe quando ela começou? Quem foram os seus criadores? A primeira Campanha da Fraternidade foi idealizada no dia 26 de dezembro de 1963, sob influencia do espírito do Concílio Vaticano II.
Antes disso, o primeiro movimento regional, que foi uma espécie de embrião para a criação do atual modelo da “Campanha da Fraternidade”, foi realizado em Natal (RN), no dia 8 de abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico da Natal, dom Eugênio de Araújo Sales, de seu irmão, à época padre, Heitor de Araújo Sales e de Otto Santana, também padre. Esta campanha tinha como objetivo fazer “uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese, aos moldes de campanhas promovidas pela instituição alemã Misereor”, explicou dom Eugênio Sales, em entrevista a arquidiocese de Natal, em 2009. A comunidade de Timbó, no Município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu pela primeira vez.
“Quando no começo de 1960, eu estava concluindo meu trabalho de doutorado em Direito Canônico na Universidade Lateranense, em Roma, fui para a Alemanha onde tinha mais tranquilidade para o que desejava. Ali pude acompanhar a Campanha Quaresmal daquele ano para recolher o fruto dos sacrifícios em benefício dos povos que sofriam fome, como eles mesmos tinham sofrido 15 anos antes, logo depois da Segunda Guerra Mundial. O material para informação (homilias, boletins paroquiais, etc.) continha reflexões muito profundas. Trouxe para o Brasil todo o material para que pudéssemos adaptar aqui.
Dom Eugenio Sales numa reunião do clero lançou a ideia. Foi feita uma lista e nomes, no fim venceu o nome "Campanha da Fraternidade". Ficamos satisfeitos com o nome, mas nunca imaginávamos que aquela pequena semente se transformasse no que é hoje”, disse o arcebispo emérito de Natal, dom Heitor de Araújo Sales.
“Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe. Não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever, um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”, disse dom Eugênio Sales, no ato de lançamento da campanha, em Timbó (RN).
Segundo dom Heitor, o papa João XXIII tinha lançado a ideia de que católicos de países ricos pudessem dar um pouco de suas vidas para ajudar na evangelização de outras terras. Chamavam-se "Voluntários do Papa". Assim vieram para cá missionários leigos dos Estados Unidos (EUA) e de outros lugares. Eles também ajudaram no começo da Campanha.
A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte). Naquela época envolvidos pelo Concílio Vaticano II, os demais bispos brasileiros fizeram o lançamento do Projeto da Campanha da Fraternidade para todo o Brasil. Dessa forma, na Quaresma de 1964 foi realizada a primeira Campanha em âmbito nacional. Desde então, até os dias atuais, a CF é realizada em todos os recantos do Brasil.
Em 20 de dezembro de 1964, os bispos brasileiros que participavam do Concílio Ecumênico Vaticano II, em Roma, aprovaram o fundamento inicial da mesma, intitulado “Campanha da Fraternidade – Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma”. Em 1965, tanto a Cáritas quanto Campanha da Fraternidade foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A partir de então que a Conferência dos Bispos Brasileiros passou a assumir a Campanha da Fraternidade. Nesta transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF.
“Naquela época, a Igreja se voltava a si, preocupada com a implantação do Concílio Vaticano II e em renovar as suas estruturas conforme as indicações conciliares. Daí surgiu a Campanha da Fraternidade. Ela, inicialmente se prestou a este objetivo. No entanto, a CF contribuiu na superação da dicotomia ‘Fé e Vida’, que, imbuída do espírito Quaresmal quer modificar a situação do fiel, em prol da vida e da justiça”, explicou o atual secretário executivo da Campanha da Fraternidade da CNBB, padre Luiz Carlos Dias.
Em 1967, começou a ser redigido um subsídio para a CF auxiliando assim as dioceses e paróquias de todo o país. Nesse mesmo ano iniciaram também os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da Campanha da Fraternidade.
Em 1970, a Campanha ganhou um especial e significativo apoio, uma mensagem do papa Paulo VI para o dia do lançamento da Campanha, o que virou uma tradição entre os papas.
A partir de uma análise dos temas abordados a cada ano, a história da Campanha da Fraternidade pode ser dividida em três fases distintas: de 1964 a 1972, os temas refletem um olhar voltado para a renovação interna da Igreja, provavelmente sob o influxo das reformas propostas pelo Concílio Vaticano II; de 1973 a 1984, aparece na Campanha a preocupação da Igreja com a realidade social do povo brasileiro, refletindo influências do Vaticano II e das Conferências Episcopais de Medelín e Puebla, sem deixar de lado a questão política nacional, que vivia uma de suas mais terríveis fases: a ditadura militar. A terceira fase, a partir de 1985, reflete situações existenciais dos brasileiros.
Ao longo da história, as Campanhas abordaram questões do compromisso cristão na sociedade. Em alguns casos, as essas questões discutidas geraram o surgimento de Pastorais ou serviços no seio da Igreja. Foram levantados e debatidos temas como, em 1985, a questão da fome; em 1986, o problema fundiário; em 1987, o tratamento do poder público para com o menor. Em 1988, a campanha apelou por uma adesão a Jesus Cristo; em 1989, conclamou o povo a assumir uma postura crítica frente aos meios de comunicação social; em 1990, abordou a questão do gênero, chamando a atenção para a igualdade do homem e da mulher, diante de Deus; em 1999, chamou a sociedade e o poder público para discutir o problema do desemprego; em 2000, convidou as igrejas cristãs e a sociedade a lutarem pela promoção de vida digna para todos. Em 2001, levantou o problema das drogas e as consequências na vida das pessoas; em 2008, propôs o debate sobre a defesa da vida; em 2011, falou sobre a vida no planeta.
Neste ano de 2012, a saúde pública será o foco das discussões. De acordo com o arcebispo de Ribeirão Preto, dom Joviano de Lima Junior, a saúde é “dom de Deus” e, enquanto tal é um direito que além de ser preservado, precisa ser conquistado. “Além disso, pensemos na importância da alimentação e da preservação do ambiente. Porém, não podemos nos esquecer das estruturas insuficientes dos hospitais e dos postos de saúde”, disse. (RE)

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Escolhido o novo Núncio Apostólico para o Brasil .

A Nunciatura Apostólica acaba de informar que o papa Bento XVI escolheu o novo Núncio Apostólico para o Brasil, sucedendo a dom Lorenzo Baldisseri. Trata-se do atual núncio da Tailândia e Camboja e Delegado Apostólico em Myanmar e Laos, dom Giovanni D’Aniello.
Dom Giovanni tem 57 anos, nasceu em Aversa (Itália), foi ordenado sacerdote em dezembro de 1978. É doutor em Direito Canônico. Ingressou no Serviço Diplomático da Santa Sé em 1983, tendo desempenhado a sua atividade junto às Representações Pontifícias do Burundi, Tailândia, Líbano, Brasil e Seção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado, no Vaticano.
Foi nomeado Núncio Apostólico na República Democrática do Congo, em 2001, e em 2010, foi transferido para a Tailândia e Camboja.
Dom Lorenzo Baldisseri, que foi nomeado secretário para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, escreveu uma nota em que agradece ao povo brasileiro, e em especial, aos bispos do Brasil por sua acolhida. “Ao concluir minha missão de Núncio Apostólico no Brasil, confio a estas linhas as expressões dos meus sentimentos de gratidão a todo o episcopado, ao clero e aos fiéis que me acompanharam durante estes nove anos aqui transcorridos, e por me terem facilitado o cumprimento do meu mandato”, disse dom Lorenzo.novonuncioparaobrasil Ffonte CNBB

Nota de pesar da CNBB pelo falecimento de dom Ladislau Biernaski .

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta o seu pesar pela morte de dom Ladislau Biernaski, do bispo de São José dos Pinhais (PR), ocorrido na manhã desta segunda-feira, dia 13 de fevereiro.

Nossa fé em Cristo nos leva a renovar com os familiares, os irmãos e as irmãs da diocese de São José dos Pinhais, a certeza da ressurreição. O consolo que nos ampara nesta hora é contemplar, de forma agradecida, a vida de um homem justo.

O ministério episcopal de dom Ladislau foi marcado pela inteira dedicação à pastoral e ao povo. Esteve presente e atuante de 1979 até 2006, como bispo auxiliar de Curitiba (PR). Acompanhou, em nome de nossa Conferência, as ações das Pastorais Sociais no Brasil, como a Pastoral Operária e a Comissão Pastoral da Terra, da qual foi vice-presidente de 1997 a 2003, e era seu atual presidente. Acompanhou a Pastoral Carcerária e a Pastoral do Menor. Também prestou relevantes serviços no Regional Sul 2.

“Ele é a nossa paz”, foi seu lema episcopal e hoje é a nossa expressão de confiança ao reconhecer a firme atuação de Dom Ladislau em favor do Reino de Deus. Neste momento, unimos-nos a todos os que rezam em ação de graças pela sua vida.
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"O consolo que nos ampara nesta hora é contemplar, de forma agradecida, a vida de um homem justo", afirma dom Leonardo Steiner, em nota de pesar da CNBB pelo falecimento de dom Ladislau Biernaski, bispo de São José dos Pinhais (PR), falecido na manhã desta segunda-feira, 13 de fevereiro.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

54ª Festa da Gruta de Lourdes

Após a realização da vista da Imagem de Nossa Senhora de Lourdes, em todas as comunidades, que iniciou, dia 17 de janeiro, pela Comunidade de Linha Duas, encerrando, pela Comunidade de Linha do Soturno e a Novena diária, a partir do dia 27, saindo em frente da Igreja até Gruta de Lourdes, realizou-se, ontem a 54ª Festa da Gruta de Lourdes, com a participação de grande número de romeiros expressando sua devoção à Nossa Senhora. A Santa Missa foi presidida pelo Padre Sergio Cordelella de Santa Maria, Padre Palotino. A missa encerrou, com a Bênção da Garganta. Às 11h00min horas, em frente à Igreja Matriz a Benção dos carros. Foram abençoados 515 veículos. Ao meio dia, no Salão Paroquial, Padre Otavio Ferrari, aconteceu Almoço de Confraternização. A renda da festa será revertida em prol da Comunidade Nossa Senhora da Saúde.


















sábado, 4 de fevereiro de 2012

Presbíteros participam de reflexão sobre sua espiritualidade

Em sua homilia, padre Francisco refletiu sobre a importância de ser profeta no exercício do ministério. Deixou um testemunho de sua caminhada presbiteral, reforçando a importância do despojamento e da pobreza. Ao final da celebração, todos os presentes receberam a benção da garganta, devoção própria da festa de hoje.
missa_sao_bras_2A temática da identidade, debatida no início do encontro, foi acolhida pelos participantes como um convite a interpretar a realidade do ministério à luz do Evangelho. “Nos ajudou a perceber a realidade em que estamos como passível de mudança, iluminadas pelo Evangelho e pela Tradição da Igreja”, afirmou o padre Jéfferson Pimenta de Paula, da diocese de Santo André, na região metropolitana de São Paulo.
O jovem padre, de 36 anos de idade e sete de ministério, avalia que a possibilidade de se encontrar com colegas de ministério de todo Brasil é muito rica. “Encontramos aqui presbíteros que estão em diversas realidades, urbanas, rurais, na Amazônia, enfim. Isso nos faz crescer, e rezar uns pelos outros e nos dispõe a colaborar também de forma concreta”, conta Jéfferson.
JeffersonAs discussões do ENP partem do conceito de presbítero, de forma muito abrangente. “Quando usamos uma nomenclatura, já dizemos o que queremos dela”, explica padre Jésus Benedito dos Santos, um dos assessores do encontro. “Ao usar o título ‘presbítero’, queremos ressaltar a ação como profeta, sacerdote e pastor, muito além de uma ação puramente ministerial. Essa visão refere-se a alguém maduro na fé e no ministério”, conclui Santos. “E sinto que todos estão aqui com o coração aberto para este significado amplo da nossa ação”, avalia padre Jéfferson. “Aqui percebemos a importância do padre como dispensador dos sacramentos, mas também o seu serviço permanente para a humanidade”, completa.
Na manhã desta sexta-feira, 3, padre Jésus Santos apresenta a reflexão sobre a espiritualidade do presbítero, a partir da diversidade presente na Igreja, e a importância de fundamentar, neste tempo de mudança de época, a fundamental a experiência com o Cristo. Está prevista para hoje a primeira prévia para a eleição da nova diretoria do CNP, marcada para o próximo domingo. Fonte CNBB